25 de nov. de 2014

Beata Maria dos Anjos


Maria Fontanella, aos seis anos, combinou com seu irmão que no meio da noite fugiriam para o deserto onde viveriam a vida dos monges. Mas, obviamente, o plano não deu certo. Aos 12 anos juntou-se às Irmãs Cisterciences, mas retornou logo para casa quando seu pai faleceu. Enfim aos 14 anos entrou para o Convento das Irmãs Carmelitas. Nos primeiros tempos teve dificuldades para adaptar-se à rotina e seguir as orientações para noviças. Mas com perseverança, acabou professando os votos alguns depois.

Então veio um julgamento ainda mais sério. Maria começou a ter visões, ser atacada por espíritos diabólicos e duvidar da fé. Neste período praticou penitências extremas, muito além do comum mesmo para a época. A mais conhecida penitência foi amarrar-se em uma cruz. Guiada por conselheiro espiritual, após três anos emergiu desta noite escura com um profundo senso de oração e piedade.

 
Faleceu de causas naturais em 16 de Dezembro de 1717; foi beatificada em 1865 pelo Papa Pio IX. 

O texto a seguir foi dado às irmãs do Convento como preparação para o Natal:

A pureza é uma qualidade tão aprazível à Deus que seu Divino Filho tendo tornado-se homem pela graça do Espírito Santo nasceu de uma pura virgem. Todos nós sabemos com que abundância de graças e extraordinária pureza Deus adornou corpo e alma de Maria. Então a fez merecedora da Palavra que se tornou corpo em seu ventre. Portanto se queremos que o Imaculado Deus nasça em nossa alma, devemos buscar a pureza nas nossas consciências. A maneira correta de atingir este objetivo é banir de nossos corações até a menor das faltas e cultivar todas as virtudes.

Quão grande é a tua bondade, meu Jesus! Embora eu tenha te ofendido tão profundamente, ainda queres te revestir de um corpo humano para me libertar de todos meus pecados e perdoá-los. Imaginei que  um dia iria encontrar um Deus sentado no centro do tribunal acusando-me de todas as minhas faltas. Ao contrário, encontro o Filho de Maria, salvador dos meus pecados, o Cordeiro de Deus! Quão eficaz é a doçura do teu coração para afastar a dureza do meu. Eu detesto meus pecados com todas as minhas forças por que eles se opõem à tua infinita bondade. Imprima no meu coração tal arrependimento que eu prefira morrer a ofender-te novamente. 

-- Autoria e tradução própria.

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