No próximo domingo celebramos a Epifania do Senhor. Uma antiga tradição que remonta aos primórdios da Igreja e que se faz ainda presente nas rubricas do Missal Romano, do Cerimonial dos Bispos e do Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil 2013 da CNBB diz o seguinte:
- Depois da proclamação do Evangelho ou em seguida à Oração depois da Comunhão, faz-se o anúncio das solenidades móveis do ano (conforme página 39 do Diretório Litúrgico).
- Se tal for o costume local, após o canto do Evangelho, um dos diáconos, ou algum cônego ou beneficiado ou outra pessoa revestida de pluvial, subirá ao ambão e daí anunciará ao povo as festas móveis do ano corrente.
Conforme relatamos, essa tradição remonta aos primórdios da Igreja. O Patriarca de Alexandria, cidade na qual os astrônomos eram os mais qualificados do cristianismo, tinham a missão de enviar a data da solenidade pascal para os outros patriarcas orientais e ao Pontífice Romano, que informaria aos Metropolitas do Ocidente. Embora não haja nenhuma menção à fixação da data da Páscoa nos cânones do Concílio de Nicéia que foram preservados, sabemos que o assunto foi discutido e decidido pelo Concílio, com três textos: uma carta do imperador Constantino, um carta sinodal à Igreja de Alexandria, e uma carta escrita por Santo Atanásio em 369 aos bispos da África. Assim, os bispos tomaram a prática de publicar, anualmente, em 6 de janeiro, uma Epistola festalis – uma carta pastoral na qual foram anunciadas a data da Páscoa e as festas móveis do ano em curso. Muitos Padres da Igreja primitiva falam do anúncio da data da Páscoa, na festa da Epifania.
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