Dia destes uma amiga postou no Facebook um vídeo do Padre Paulo Ricardo intitulado "Posso casar no religioso sem casar no civil?". Sem nem mesmo assistir o vídeo, respondi imediatamente "Não deve!". Padre Paulo responde baseado no Direito Canônico e está absolutamente certo, mas eu pensei em termos bastante diferentes.
Minha reação foi pensar porque um dos noivos proporia tal arranjo e, lembrando de alguns casos, formulei minhas hipóteses:
Primeira: deixar tudo mais simples caso tenha que se separar.
Neste caso, nem deve casar, principalmente na Igreja, por que não acredita num conceito fundamental - casamento é para sempre, o casal é convidado a perdoar as falhas do cônjuge infinitas vezes, se necessário; não desistir nunca, rezar juntos, pedir a graça da perseverança tantas vezes quanto necessário.
Segunda: algum motivo relacionado a dinheiro, como querer esconder certos bens do cônjuge.
De novo, haveria um problema sério de compreensão sobre casamento. Um casal divide tudo, na riqueza ou na pobreza, e em todas outras circuntâncias. Tudo deve ser compartilhado, nada escondido, inclusive as contas. Em termos práticos, é interessante que as contas bancárias, cartões de crédito, etc... sejam todos em conjunto e do conhecimento de ambos.
Terceira: a situação legal não permitiria o casamento ou gostaria de esconder o fato que já foi casado antes.
Se um dos dois já foi casado e ainda não contou para o noivo/noiva, por que esconderia? Como saber se não há filhos ou outras "surpresas" guardadas no passado? Ou seria apenas falta de confiança? Mas se não confia, por que casar? Bem, se a situação legal não permite um segundo casamento, é bom clarear todos os fatos, sob pena de nulidade sacramental.
Enfim, pode não ser obrigatório, mas não vejo bons motivos para não casar no civil.
-- autoria própria
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