21 de jul. de 2017

Sobre as correntes de oração

Queridos amigas e amigos:
Preocupado com as constantes correntes de oração que me enviam, envolvendo trabalho, prosperidade, anjos, Nossa Senhora e Madre Teresa de Cálcuta, entre outras coisas, comorações lindas, mas sempre condicionando os efeitos a enviar para outras pessoas num período de alguns dias, para que possam continuar circulando, pedi ao Padre Adolfo Franco que me desse sua opinião sobre o assunto. Eis a sua resposta:
“Estas correntes de oração são uma ABERRAÇÃO que vai contra a fé, é querer manipular a Providência de Deus, que por ser Deus atua livremente e que não está sujeito a condições impostas pelos homens, como 'envie a dez pessoas', nem está enviando ameaças, tipo 'se não enviares, acontecerá o contrário e perderá a saúde ou dinheiro'.
E muito ruim que pessoas que deveriam uma formação cristã mais sólida enviem estas correntes: a fé cristão remove estas ameaças e não aceita estes tabus.
Poderia ler, entre outros textos, Deuteronômio 18, 10-12: 'Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos, pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.'
Estas fórmulas se utilizam nas correntes de oração estão, na verdade, convertendo Deus em uma receita: faça isto e obterás tal coisa, se não fizeres, uma maldição te atingirá.
Crer em Deus, sua paternidade e providência, é algo muito diferente. Não se trata de assegurarmos coisas mediante nossos esforços, mas confiar e se deixar conduzir pelas mãos de Deus.".

Um abraço e minhas orações.

-- Carta escrita pelo Padre Javier L. de Guevara, assessor espiritual dos Cursilhos de Cristandade, diocese de Córdoba.

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