Flávia Domitila foi uma matriarca da família imperial romana que viveu em torno do século I. Foi a terceira pessoa com o mesmo nome (mãe, filha e neta). A primeira delas foi esposa do Imperador Vespasiano; a segunda era irmã do imperador Tito; a terceira, a santa, casou-se com o governador Flavio Clemente, primo do Imperador Domiciano. Teve dois filhos que estavam na linha sucessória do Imperador, mas provavelmente foram criados dentro da fé cristã pela sua piedosa mãe. De seus destinos não se sabe, é certo que não sucederam Domiciano.
O marido Flávio Clemente, cônsul e senador, foi acusado de falhas de caráter e ateísmo por não adorar os deuses romanos e praticar ritos e costumes judaicos, aparentemente uma confusão entre o Cristianismo inicial e o Judaísmo. Para o historiador Suetônio, Flávio Clemente era omisso pois não participava da vida pública da mesma forma que seus pares. Na verdade, como cristão, tinha que ausentar-se das variadas atividades comuns aos nobres da época por não serem adequadas à salvação.
No caso de Domitila não há dúvidas de que era cristã, pois o Cemitério Domitiliano (uma das catacumbas na área de Roma) situa-se nas propriedades da família. Segundo a tradição, ela pessoalmente cuidava do enterro dos mártires, aléms de auxiliar as viúvas e órfãs.
Como resultado das acusações de sacrilégio - sempre do ponto de vista romano - Flávio Clemente foi condenado à morte e Flávia Domitila ao desterro na Ilha de Pandataria, onde teria morrido.
Santa Flávia Domitila é considerada mártir pelas Igrejas Católicas e Grega Ortodoxa. Inicialmente sua memória era celebrada em 12 de Maio, junto com São Nereu e Aquiles. Considerando estudos mais recentes acerca destes três santos, em 1969 foi listada no Livro dos Mártires em 7 de Maio.
-- autoria própria
Nenhum comentário:
Postar um comentário