O desejo de Mary pela vida religiosa com sua resposta às necessidades das crianças pobres de Penola resultou na fundação de uma nova forma de vida religiosa.
A escola em Pinola foi aberta com a idéia de educar a todas crianças, sem distinção, tanto os que poderiam pagar quanto os que não poderiam, algo inovador na época. Era o início de um modelo de educação católica inédito na Austrália. Certa vez o governador
solicitou que seu neto fosse aluno da escola, mas exigiu uma separação dos alunos pobres. Mary não concordou, todas as criannças são filhos de Deus e recebiam o mesmo tratamento e importância. O menino jamais estudou na escola.
Os primeiros 33 alunos tiveram oportunidade de aprender a ler, escrever e matemática, sempre pensando em aplicações práticas. Por exemplo, a escrever a lista de compras e calcular o preço a pagar. Isto acompanhado de orações e cantos religiosos.
Após estabelecer a escola, Mary declarou sua intenção de servir a Deus. Em de 15 de Agosto de 1867, na pequena capela na Grote Street, em Adelaide, Mary MacKillop declarou seus votos e tornou-se Maria da Cruz. Em uma carta para a mãe escreveu: "Quando saí de casa não poderia imaginar que teria a felicidade de ver minha profissão de fé aceita. Graças a bondade de Deus e gentileza do Padre Woods, foi permitido que entrasse na vida religiosa.". Em outra carta, afirmou: "A Cruz é minha porção; é meu suave descanso e suporte". Nesta época, Padre Woods auxiliou-a muitíssimo como diretor espiritual.
Após uma reunião dos bispos da Austrália, ao tomar conhecimento da escola de Pinola, o Bispo de Queensland James Quinn solicitou que as Irmãs de São José estabelecesse uma escola em Brisbane. Mas, ao chegarem an diocese, perseguições e fofocas políticas quase impediram a criação da escola. Foi um ano muito difícil, mas também em que, de acordo com a própria santa, ela pode amadurecer e fortalecer sua fé e organização da Ordem.
Em Agosto de 1871, a Ordem já tinha 120 irmãs, com uma idade média de apenas 23 anos, a Ordem era não apenas nova, mas tentando a inexperiência. No entanto já eram chamadas à várias dioceses do país. Irmã Mechtilde relata que algumas vezes eram insultadas devido ao voto de pobreza, passavam necessidades, mas, em geral, eram bem recebidas pelo povo. Nesta época, Maria da Cruz não apenas sabia o nome de cada irmã como escrevia regularmente a cada uma delas.
Ao final do ano, uma crise ocorreu em Adelaide. Alertada por cartas do Padre Woods, retornou imediatamente a casa inicial da Ordem pois duas irmãs alegavam ter visões místicas e não auxiliavam nas tarefas diárias, além de contestarem abertamente as orientações do Padre Woods e os regulamentos da Ordem. O assunto já era do conhecimento de outros padres e obrigou Maria da Cruz a chamas as duas irmãos à obediência. Era apenas o início de vários desafios que viriam no futuro com o crescimento da Ordem e sua dispersão pelo país.
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