O início difícil da vida de Santa Maria da Cruz (Mary MacKillop) até a criação de uma escola num estábulo em Penola, sua vida já demonstra o desejo de ajudar aos necessitados e seguir a vontade de Deus.
Seu pai, Alexander MacKillop nasceu em uma família católica nas Highlands da Escócia. Aoos 14 anos foi enviado para o Colégio Scots em Roma para prepara-se para o sacerdócio. Seus professores o descreviam como um excelente estudante e grande debatedor. Ela ficou por seis anos, quando teve que retornar a Escócia por questões de saúde. Recuperado, recomeçou os estudos em Aberdeen por mais dezessete meses. Quando estava próximo a ordenação, decidiu por outra vida e em Janeiro de 1838 embarcou no navio Brilliant rumo a Austrália.
Flora MacDonald chegou na Austrália em Abril de 1849 a bordo do Glen Huntly, tendo partido da Escócia junto com sua mãe e irmão. Ao chegar, ficaram em quarentena devido a ameaças de febre tifóide. Ao chegarem, foram ajudados por Alexander, que já estave melhor adaptado ao país. Três meses após, Alexander e Flora casaram-se em 14 de Julho. Em Abril de 1841,Alexander adquiriu uma pequena casa em Melbourne. Mary MacKillop, a primira de oito filhos, nasceu em 15 de Janeiro de 1842.
Sendo a mais velha, Mary logo assumiu a responsabilidade por muitas tarefas caseiras dentro de casa.
O pai era mau negociante e colocava a familia em dificuldades financeiras, mas compensava largamente educando os filhos na fé e educação geral, pois não havia dinheiro para pagar escolas. Muitas casas foram adquiridas e perdidas durante a infância de Mary. Todos aprenderam a confiar na providência de Deus, uma experiência que carregou por toda vida.
Aos 14 anos, Mary começou a trabalhar e, logo, tornou-se a principal provedora da casa, respondendo pelas necessidades da família.
Quatro anos após, Mary mudou-se para a cidade de Penola, Sul da Austrália, para trabalhar como governanta dos seus tios, Alexander e Margaret Cameron. Sua principal atividade era educar as crianças.
Percebendo que os filhos de outros empregados e vizinhos também não tinham acesso à educação, começou a ensiná-los a ler e escrever, usando o Catecismo como texto principal. Logo seu trabalho chamou a atenção do Padre Julian Woods, pároca da igreja na cidade.
Padre Woods tornou-se seu diretor espiritual, com quem compartilhava seus ideias de educação para os pobres. Percebendo que com a chegada de imigrantes pobres, isto tornava-se um problema mais importante, ele também desejava fazer algo.
Para iniciar, adaptou um estábulo para tornar-se a escola e convidou Mary e suas irmãs Annie e Lexie para serem as professoras. Aos 24 anos, Mary tornava-se diretora de uma escola e começava a servir a Igreja.
Na Festa de São José, 1o. de Maio de 1866, Mary apareceu usando um vestido muito simples, todo preto. A todos ficou evidente a sua opção. Em 21 de Novembro, sua irmã Lexie também optou pelas vestes de uma postulante a vida religiosa.
Nesta mesma época, Padre Woods tornou-se secretário do Bispo de Adelaide e logo após, Diretor de Educação da Diocese, que abrangia o Sul da Austrália. Este trabalho afastou-o de Penola, mas permitiu que aprovasse a construção de uma escola adequada na cidade.
Padre Woods e o Bispo, com a intenção de fundarem uma ordem de religiosas na Austrália, criaram as regras da ordem:
1. Pobreza
2. Depender da Providência Divina
3. Não possuir bens materias, nem para fins pessoais.
4. Ir onde for chamada.
Em 1867, Mary tornou a primeira irmã e superiora da Ordem das Irmãs de São José do Sagrado Coração. Até o final do ano, outras dez irmãs haviam se juntado a ordem.
* em Março publiquei uma lista das 10 mais influentes mulheres na história da Igreja e comentei que não conhecia algumas e precisava ler um pouco antes de escrever. Santa Maria da Cruz é uma destas
"desconhecidas".
-- autoria própria.
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