* Artigo IV: A vida de Jesus Cristo
16. Com a intenção de atingir a reputação de Jesus, após tentaram constrange-Lo com perguntas inconveninetes, criar suspeitas, acusações diretas, os chefes dos fariseus persuadiram Pilatos, naquele tempo governador da Judéia, a prender Jesus alegando que era necessário para manter a ordem pública. O governador estrangeiro deixou-se levar pelas maquinações dos fariseus, não que ele fosse ignorante que as alegações fossem mera e fraca justificativa para disfarçar a inveja que sentiam, mas seja porque não desejava resistir àqueles pedidos inoportunos ou pelo desejo que ganhar os favores dos líderes do povo judeu, entendeu que lhe valeria tranquilidade e poderia melhor negociar favores no futuro as custas de Jesus, que parecia ser apenas um novo Elias ou Jeremias entre os mais velhos, ou João Batista entre os mais jovens, pois ele não suponha ser superior à natureza humana. Se tivesse conhecimento que Jesus era Filho de Deus, talvez nenhuma influência dos fariseus teria prevalecido e Jesus não fosse entregue à fúria dos seus inimigos.
16. Com a intenção de atingir a reputação de Jesus, após tentaram constrange-Lo com perguntas inconveninetes, criar suspeitas, acusações diretas, os chefes dos fariseus persuadiram Pilatos, naquele tempo governador da Judéia, a prender Jesus alegando que era necessário para manter a ordem pública. O governador estrangeiro deixou-se levar pelas maquinações dos fariseus, não que ele fosse ignorante que as alegações fossem mera e fraca justificativa para disfarçar a inveja que sentiam, mas seja porque não desejava resistir àqueles pedidos inoportunos ou pelo desejo que ganhar os favores dos líderes do povo judeu, entendeu que lhe valeria tranquilidade e poderia melhor negociar favores no futuro as custas de Jesus, que parecia ser apenas um novo Elias ou Jeremias entre os mais velhos, ou João Batista entre os mais jovens, pois ele não suponha ser superior à natureza humana. Se tivesse conhecimento que Jesus era Filho de Deus, talvez nenhuma influência dos fariseus teria prevalecido e Jesus não fosse entregue à fúria dos seus inimigos.
17. Tendo sido feito prisioneiro pela autoridade do governo, Seus inimigos tomaram medidas que garantissem que Jesus fosse tratado da maneira mais cruel e ignomiosa possível. Ele foi arrastado através das ruas e praças da cidade, em meio à multidão que lhe ofendia de todas formas, de um local para outro, colocado a frente de diferentes tribunais, zombado, espetado, cuspido e espancado, até que o conduziram à presença de Pilatos, com falsas testemunhas contra Ele, em frente à uma multidão que clamava por morte, e morte na Cruz. Ainda assim o juiz exitou, sabendo da inocência do acusado, até que sugeriram que ele perderia o favor de Cesar se deixasse livre um homem que se declarava Rei dos Judeus e que poderia, em breve, liderar uma revolta. Então Pilatos cedeu aos apelos dos acusadores e sentenciou Jesus. Após ter sido flagelado da cabeça aos pés, ele enviou Jesus para ser crucificado pelos judeus, como haviam pedido.
18. Antes de crucificá-Lo, os emissários dos fariseus Lhe colocaram uma roupa de Rei, como zombaria, e uma coroa de espinhos em Sua cabeça, uma cana como cetro real em Sua mão, ajoelharam-se em frente a Ele como irônica homenagem, dizendo ser o Rei dos Judeus, pois lhe cuspiam na face, batiam em face repetidas vezes, tomavam a cana de suas mãos e a utilizavam para bater em Sua cabeça e cravar mais fundo a coroa de espinhos. Então O amarraram em uma Cruz e o levaram para o Monte Calvário, próximo a cidade de Jerusalem. Jesus morreu na cruz, para salvar os homens pecadores; sua mais Sagrada alma separou-se de seu corpo, embora desunidos, nunca cessou de sofrer intensamente Sua Paixão. Assim, o corpo já sem vida, enquanto ainda na cruz ou quando colocado na tumba, esteve sempre na companhia inseparável da Divindade.
19. Ainda, ao morrer Jesus Cristo, o Sol escureceu-se, o dia ficou escuro, a terra estrememceu, as pedras rolaram, as tumbas dos mortos abriram-se, e muitos corpos dos santos reviveram, sendo vistos por muitos dos habitantes da cidade de Jerusalem. Em vista destes prodígios, muitos dos que pediram a morte de Jesus convenceram-se e lamantaram: Realmente este era Filho de Deus! Todos estes fatos estão na confissão de fé do apóstolo São Tiago, que adicionou estas palavras às precedentes: "Creio em Jesus Cristo, que padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado". Jesus Cristo era Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade; ao mesmo tempo era verdadeiramente homem, nasceu da Virgem Maria, tinha uma alma e corpo humanao. Realmente morreu na cruz enquanto estava pregado a ela. Pois a morte nada é mais que a separação da alma do seu corpo, no qual e com o qual habitou. E a mais sagrada alma de Jesus Cristo foi separada do corpo quando Ele expirou na cruz.
-- Explanação Catequética do Credo para os Habitantes das Ilhas Molucas, por São Francisco Xavier (século XVI)
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