Tendo em vista acontecimentos recentes aqui nos Estados Unidos, há uma discussão sobre qual seria a maior ameaça ao casamento nos termos da Igreja Católica: divórcio ou união homossexual. Um dos argumentos é que o divórcio ocorre em cerca de 50% dos casamentos, milhões de famílias a cada ano, enquanto uniões homossexuais são restritas a uma minoria. Neste caso, o divórcio seria mais perigoso.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) (parágrafos 2380-2391) relaciona ofensas à dignidade do casamento: adultério, divórcio, poligamia, incesto e união livre. A união homossexual não é sequer citada.
O divórcio, em alguns casos, pode não constituir ofensa moral, por exemplo, na defesa dos filhos, da própria integridade física ou até mesmo defesa do patrimônio. Pode também ser o caso que um dos cônjuges seja vítima inocente da iniciativa do outro. Portanto, ainda há situações que a Igreja aceita que divórcio tenha ocorrido. Mas nunca o segundo casamento.
Já a união homossexual é um atentado aos princípios da Igreja que define casamento como sendo "um consórcio permanente entre um homem e uma mulher, ordenado à procriação de filhos, mediante alguma cooperação sexual" (Código Canônico, 1096). Não há no catecismo nenhuma possibilidade de aceitação, nenhuma hipótese ou circunstância. Não há na tradição da Igreja, em 2000 anos, defesa do homossexualismo, muito menos da união homossexual. Muito pelo contrário, defender esta idéia é se colocar em grave oposição à doutrina da Igreja Católica.
Comparando, qual seria o maior problema: a má nutrição que atinge milhões ou eventuais assassinatos? Claro que a má nutrição é um problema grave que merece atenção (vide o maravilhoso trabalho da Pastoral da Criança), mas assassinato é pecado gravíssimo, de natureza bem mais profunda e consequências muito claras no Direito Canônico. Enfim, não é a "popularidade" do pecado que o torna mais ou menos grave.
-- Autoria própria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário