A Catedral de Notre-Dame em Paris está expondo relíquias para veneração dos fiéis nas sextas-feiras da Quaresma: a Coroa de Cravos, uma fração da Cruz e um dos pregos utilizados na Paixão de Cristo. A veneração destes ítens é mencionada desde o século IV por peregrinos que viajaram a Jerusalem, em particular a Santa Cruz, descoberta por Santa Helena, em 325. Entre os séculos VII e X, as relíquias foram progressivamente transferidas para Constantinopla, a medida que os persas avançavam na direção de Israel.
Em 1238, Balduíno II, imperador latino de Bizâncio, estava em precárias situação financeira e ofereceu a Coroa de Cravos ao Rei Luis IX de França, que aceitou. Em 19 de Agosto de 1239 uma procissão entrou em Paris. São Luis, rei de França, vestido com a mais simples túnica utilizada pelos criados, carregou a relíquia até a Catedral de Notre-Dame, onde uma capela havia sido especialmente preparada para recebê-las.
Durante a Revolução Francesa, as relíquias foram transferidas para a Abadia de Saint Denis, e dali para a Biblioteca Nacional. Após os acordos de pacificação em 1801, a Coroa foi retornada para St-Denis e retornadas ao Arcebispo de Paris em 1804, que as colocou em uma área de acesso restrito e maior segurança na Catedral. Os Cavaleiros do Santo Sepulcro e padres da Catedral são os únicos a terem acesso e são responsáveis pela sua veneração. Até onde pesquisei, trata-se da primeira exposição pública destas relíquias em dois séculos.
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