Natividade, gravura de Rembrandt (1654) |
Neste domingo celebramos a Festa da Epifania ou da Manifestação de Deus. Tradicionalmente era celebrada sempre dia 6 de Janeiro, mas também pode ser transferida para um domingo entre 2 e 8 de Janeiro. Neste ano, casualmente, as datas coincidem.
A Festa da Epifania é, em geral, considerada como algo menor que o Natal e seu significado acaba sendo um tanto quanto perdido, mas, na verdade, as duas festas se complementam. No Natal contemplamos Deus que torna-se homem, na Epifania olhamos do ângulo oposto: este pequeno bebê, nascido a meros 12 dias, é Deus onipotente, Senhor do Universo. É festa da divindade de Cristo, que completa a festa da humanidade de Cristo; é a resposta completa às profecias do Antigo Testamento que prometiam um Rei com grande poder e majestade.
O nome da festa, Epifania, em grego indica a visita de um Deus à Terra, sendo este o seu principal motivo: Cristo se manifesta como o Filho De Deus. É um dia em que, como fala o Profeta Isaías, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte. Por isso os Reis Magos atravessaram fronteiras e arriscaram-se frente ao governador romano, pois o esperado Rei acabara de nascer. É a luz que veio para toda humanidade, a mais brilhante estrela, não apenas para os pastores israelenses que ouviram o anúncio dos anjos, pois todos nós estamos representados pelos Reis Magos.
Há ainda outro grande tema nesta festa - as núpciais reais, o casamento de Cristo com a humanidade. Embora este tema seja mais abordado nas Bodas de Caná, no próximo domingo, a antífona das Laudes deixa isto explícito: Hoje a Igreja se uniu a seu celeste Esposo, porque Cristo lavou no Jordão o pecado; para as núpcias reais correm Magos com presentes; e os convivas se alegrem com a água feita vinho. Aleluia.
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