7 de ago. de 2013

Ninguém é um monstro, Deus ama a todos

Nos últimos dias alguns fatos me conduziram à esta pequena catequese: (1) a capa da revista Rolling Stones estampa o jovem que colocou as bombas em Boston, matando muitos e causando seríssimas lesões em outros mais, com a manchete: Como um estudante promissor e popular transformou-se em um islâmico radical e tornou-se um monstro; (2) Ariel Castro que sequestrou três meninas, estuprou-as e torturou-as por uma década e ainda frequentava uma igreja cristã aos domingos, foi julgado. Aceitou prisão perpétua e mais 1000 anos de pena. Durante o julgamento, afirmou que não é um monstro; (3) foi lançado no Brasil o filme Hannah Arendt, sobre o julgamento de um criminoso nazista que embarcou milhares e milhares de judeus para os campos de concetração, popularmente dito um monstro.

O primeiro fato é que ninguém nasce um assassino cruel, terrorista ou tarado sexual, por serem  encarnações do Demônio. Isto é coisa de filme. Todos escolhem, em um certo momento da vida, este caminho, consideram-no aceitável. Alguns justificam por questões políticas, vingança, guerra, doença mental, traumas de infância, etc... Talvez se atendidas a tempo, crimes e tristezas poderiam ser evitados, mas somos todos livres, Deus nos deu esta liberdade, para escolhermos um caminho errado.

Como cristãos somos chamados a termos uma visão completamente diferente destas pessoas. Diz São Paulo, estamos no mundo, mas não somos do mundo. Não devemos seguir a imprensa e também chamá-los de monstros. Deus criou todas as criaturas à sua imagem com o desejo de que tornem-se santas. Todas são pessoas como eu e tu, com as mesmas capacidades, por mais aterrador que possa parecer.

Deus nos ama profundamente e perdoa todos nossos pecados, como Pai perfeito e amoroso que somente Ele sabe ser. Cristo nos ensinou claramente quantas vezes devemos perdoar: setenta vezes sete, por toda a vida, sempre. Tods nós somos pecadores, um tanto distantes do plano de Deus. Considere São Pedro e Judas Iscariotes: ambos trairam a Deus, mas São Pedro deu-se conta que Deus o amava e era capaz de perdoar seu pecado.  

E como disse uma das meninas sequestradas durante o julgamento de Ariel Castro: eu posso perdoá-lo. Não que ela já tenha perdoado, ou que vá ser fácil, ou possível apenas com suas forças. Acho que o Espírito Santo terá que atuar seriamente e ajudá-la neste perdão. Mas, sim, tanto ela quanto cada um de nós pode perdoar e rezar por quem despezaríamos, inclusive pelos piores criminosos. 

-- autoria própria

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