24 de ago. de 2013

O Papa pode lhe telefonar

Em 15 de Agosto Stefano Cabizza, estudante de Engenharia, que vive na cidade de Padova, na Itália participou da Missa celebrada pelo Papa em Castel Gandolfo. Levou uma carta que conseguiu passar para um dos cardeais que também estavam lá, achando que isto seria tudo.

Três dias após, o telefone de sua casa tocou em torno de 10 horas. Sua irmã atendeu, disse que Stefano não estava em casa mas sim assistindo aulas e retornaria em torno das 5 da tarde. Pontualmente a pessoa telefonou novamente a tarde, desta vez Stefano atendeu e, para sua surpresa, era o Papa Francisco no outro lado. O Papa agradeceu a carta e conversou com ele por quase dez minutos. O Papa havia lhe tefonado diretamente, nenhuma secetária avisou-o algo como "Sua Santidade está lhe telefonando".

Cerca de 10 dias depois, o irmão de Michele Ferri foi morto num assalto ao posto de gasolina em que trabalhava na cidade de Pesaro. A menina de 14 anos escreveu ao papa pedindo que orasse pelo irmão e a família. Em vez de uma resposta padrão, o papa lhe telefonou, disse que havia chorado ao ler a carta e prometeu rezar por todos.

Em ambos casos, Francisco insistiu que lhe chamassem pelo nome ou o coloquial "tu", em vez de um pronome mais formal. A um deles, teria dito: "você acha que os apóstolos chamavam Jesus de Sua Eminência?". Também, não foram os jovens que procuraram a imprensa, mas sim vizinhos. Alias, eles não deram entrevistas a respeito dos telefonemas. 

Bem, então você já sabe: se seu telefone receber uma ligação de um número incomum, com muitos dígitos, começando por 379, pode ser ele. 

* Esta história foi publicada originalmente pelo jornalista John Allen Jr, que cobre o Vaticano para o National Catholic Reporter. Original aqui

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