16 de mar. de 2013

Quinto Domingo de Quaresma - Ano C

O acontecimento histórico desta semana, a eleição do Papa Francisco, o primeiro Papa das Américas, o primeiro jesuíta, o primeiro a chamar-se Francisco, talvez o primeiro a ter apenas um pulmão, lembra-nos claramente que Deus inclui todos na sua Igreja, e todos tem um papel a desempenhar. 

A primeira leitura deste Domingo é tirada do livro Isaias (Is 43,16-21). Na semana passada ouvimos a conclusão da saída do Egito e a primeira Páscoa na terra prometida. Hoje começamos a olhar para um novo êxodo que Deus promete através do profeta Isaias, um êxodo que promete ser ainda mais maravolhoso que o primeiro, pois Deus promete restaurar toda grandeza de Israel após o retorno da Babilônia.

A segunda leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fp 3,8-14) é uma advertência ao povo sob os falsos mestres, judeus que tentam manter as velhas tradições enquanto dizem ser cristãos. Segundo eles, para ser cristão, era necessário ser judeu, ser circuncidado, obedecer as leis do Velho Mandamento. Esta questão, se os gentios convertidos ao Cristianismo devem aceitar os ritos judaicos precipitou o primeiro Concílio de Jerusalem. O Apóstolo responde que é necessário olhar para a frente, abandonar o passado, mirar Cristo Ressucitado na cruz.

O Evangelho de São João (8,1-11) é sobre uma mulher surpreendida em adultério, segundo a antiga lei sujeita a morte por apredejamento. “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Assim Jesus clama por misericórdia, e eles acabam se afastar reconhecendo também serem pecadores. 

Quando fica a sós com a mulher, a mulher talvez esteja assustada por que Jesus não tem pecados e, segundo a condição que Ele mesmo impôs, poderia puni-la. Mas olhando para ela, diz-lhe: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Como ressalta Santo Agostinho, Jesus condena o pecado, não a mulher. Com cantamos no Salmo: "Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!" 

Cristo inclui a mulher adúltera na sua Igreja, foi misericordioso. Como aconselhou o Papa Francisco ao confessores na Basílica de Santa Maria Maior, na sua primeira visita após a eleição: "Sejam piedosos com as almas que lhes procuram, estas pessoas precisam de vós", lembrem-se sempre, emfatizou "misericórida, misericórdia, misericórdia".  

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